terça-feira, 29 de outubro de 2013

Introdução a Hematologia


   Neste vídeo será possível fazer um estudo inicial do quê é hematologia.
   A introdução logo explica que o sangue é um tecido conjuntivo líquido, produzido na medula óssea vermelha, que flui pelas veias, artérias e capilares sanguíneos. O sangue é um dos três componentes do sistema circulatório, os outros dois, são o coração e os vasos sanguíneos. Ele é responsável pelo transporte de substâncias (nutrientes, oxigênio, gás carbônico e toxinas), regulação e proteção de nosso corpo.

  A composição do sangue
   Nele encontramos o plasma sanguíneo responsável por 66% de seu volume, além das hemácias, dos leucócitos e das plaquetas, responsáveis por aproximadamente 33% de sua composição. A maior parte do plasma sanguíneo é composta por água (93%), daí a importância de sempre nos mantermos hidratados ingerindo bastante líquido. Nos 7% restantes encontramos: oxigênio, glicose, proteínas, hormônios, vitaminas, gás carbônico, sais minerais, aminoácidos, lipídios, uréia, etc.
    Os glóbulos vermelhos, também conhecidos como hemácias ou eritrócitos, transportam o oxigênio e o gás carbônico por todo o corpo. Essas células duram aproximadamente 120 dias, após isso, são repostas pela medula óssea. O glóbulos brancos, também chamados de leucócitos, são responsáveis pela defesa de nosso corpo. Eles protegem nosso organismo contra a invasão de micro-organismos indesejados (vírus, bactérias e fungos).
   De forma bastante simples, podemos dizer que eles são nossos "soldadinhos de defesa". As plaquetas são fragmentos de células, presentes no sangue, que realizam a coagulação, evitando assim sua perda excessiva de sangue (hemorragia). Elas geralmente agem quando os vasos sanguíneos sofrem danos. Um exemplo simples é o caso de uma picada de agulha, onde observa-se uma pequena e ligeira perda de sangue que logo é estancada, isto ocorre graças ao tampão plaquetário.

Comentário: Este é um vídeo de curta duração, no entanto explica de forma clara e simples a importância do sangue para vida, mostra todos os elementos que o compõem. É composto por um conteúdo que dá introdução a hematologia, é de fácil compreensão e rico em informações.

Diagnostico de distúrbios hematológicos.

4 Testes básicos utilizados para diagnosticar distúrbios hematológicos:

Contagens de células sanguíneas completas
As contagens de células sanguíneas (CCS) são rotineiramente realizadas na maioria dos laboratórios. Para tanto, utiliza-se um contador eletrônico de partículas, que determina a contagem total de leucócitos sanguíneos e a contagem de plaquetas, além de calcular o hematócrito e os níveis de hemoglobina a partir da contagem de eritrócitos e da determinação das dimensões das hemácias.

Esfregaços de sangue periférico
Os esfregaços de sangue periférico geralmente são corados pela coloração Wright. Quando examinados à microscopia de luz, revelam o tamanho e o formato das células sanguíneas, informação que permite estimar a quantidade de hemoglobina presente nos eritrócitos. As contagens diferenciais de leucócitos, que quantificam neutrófilos, monócitos, linfócitos, eosinófilos e basófilos, são realizadas por meio da contagem manual das células observadas no esfregaço sanguíneo ou com auxílio de um contador de células automático.

Contagem de reticulócitos
As contagens de reticulócitos são úteis para avaliar a resposta medular à anemia. Normalmente, durante as 24 a 36 horas em que permanecem na circulação, as hemácias jovens contêm RNA ribossômico residual que é precipitado por certos corantes, como azul de metileno. 

Exame de medula óssea
As células hematopoiéticas da medula óssea podem ser removidas por aspiração ou biópsia feita com agulha. Em indivíduos adultos, o melhor sítio para realização desse procedimento é a crista ilíaca posterior. Nesse caso, o paciente fica deitado de bruços. Em circunstâncias especiais e em crianças, podem ser utilizados outros sítios, como a crista ilíaca anterior, o esterno ou os ossos longos. A biópsia revela a celularidade da medula no sítio amostrado. As biópsias são particularmente úteis para o exame da medula em busca de células infiltrantes e para diagnóstico da leucemia.


Comentário:
Para conhecer e determinar a existência de uma doença é preciso observar os sintomas. Quanto antes for feito um diagnóstico certo muito mais chances o paciente terá de chegar a cura.

Fonte: http://www.medicinanet.com.br/conteudos/acp-medicine/4387/abordagem_das_doencas_hematologicas.htm

Sangue e seus componentes.

O que é o sangue?
O sangue é um tecido vivo que circula pelo corpo, levando oxigênio e nutriente a todos os órgãos. Existem especialidades que estudam o sangue. A Hemoterapia é a ciência que estuda o tratamento de doenças utilizando o sangue. A hemoglobina capacita as hemácias a transportar o oxigênio a todas as células do organismo. Elas também levam dióxido de carbono, produzido pelo organismo, até os pulmões, onde ele é eliminado. Existem entre 4,5 milhões a 5 milhões de hemácias por milímetro cúbico de sangue.

Quais são os componentes do sangue?
Plasma:
O plasma é a parte líquida do sangue, de coloração amarelo palha, composto de água (90%), proteínas e sais minerais. Através deles, circulam por todo o organismo as substâncias nutritivas necessárias à vida das células. Essas substâncias são: proteínas, enzimas, hormônios, fatores de coagulação, imunoglobulina e albumina. O plasma representa aproximadamente 55% do volume de sangue circulante.
Hemácias:
As hemácias são conhecidas como glóbulos vermelhos devido ao seu alto teor de hemoglobina, uma proteína avermelhada que contém ferro.
Leucócitos:
Os leucócitos, também chamados de glóbulos brancos, fazem parte da linha de defesa do organismo e são acionados em casos de infecções, para que cheguem aos tecidos na tentativa de destruírem os agressores, como vírus e bactérias. Existem entre 5 mil a 10 mil leucócitos por milímetro cúbico de sangue.
Plaquetas:
As plaquetas, ou trombócitos, são fragmentos celulares que se formam na medula óssea vermelha, a partir da fragmentação do citoplasma de glóbulos brancos gigantes, denominados megacariócitos. As plaquetas são minúsculas e possuem forma elipsoide e vários grânulos internos. São encontradas em cada gota de sangue cerca de 150.000 a 400.000 plaquetas.


Comentário:
O sangue é responsável pelo sustento da vida ao transportar oxigênio e nutrientes essenciais, remover resíduos e distribuir fatores humorais e celulares necessários às defesas do individuo. Alguns distúrbios hematológicos bastante comuns, como anemia, leucocitose e sangramento, ocorrem secundariamente a infecções e doenças inflamatórias, nutricionais e malignas.

Fonte: http://www.hemosc.org.br/sangue


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Tecidos musculares e suas importâncias.

Neste vídeo será possível aprofundar os estudos em torno dos tecidos musculares. Dando atenção devida a cada um deles, que são:



Tecido muscular liso

As células do músculo liso são de aspecto fusiforme, isto é, são volumosas na região central e afiladas nas extremidades. Apresentam apenas um núcleo central e são visíveis somente em microscopia. Essas fibras são capazes de sofrer multiplicação por mitoses e, portanto, repor células perdidas.

O músculo do tipo liso pode ser encontrado na parede do tubo digestório, das vias respiratórias, geniturinárias, vasos sanguíneos e no útero. Apresentam contração involuntária (independente da vontade), lenta e fraca.

Tecido muscular estriado esquelético

Este tecido apresenta células de aspecto cilíndrico e podem medir alguns centímetros de comprimento, podendo ser observadas até mesmo a olho nu. Os músculos estriados, tanto esquelético como o cardíaco, apresentam faixas transversais claras e escuras ao longo de suas células, o que lhes dá o aspecto estriado. As fibras musculares estriadas esqueléticas são plurinucleadas com vários núcleos periféricos. São produzidas quase que exclusivamente na vida embrionária, não sofrendo divisões por mitose, mesmo quando há lesão e morte celular. Existe no tecido muscular adulto os mioblastos, que são células-tronco ou embrionárias do tecido muscular que, quando ocorre a morte celular, se transformam em células adultas para suprir a falta das células perdidas.

A musculatura estriada esquelética corresponde a 40 % da massa total de um homem e 25 % da massa de uma mulher. Na verdade, são mais de 500 músculos diferentes, localizados nos membros inferiores e superiores, nas costas, e na

parede abdominal, na face, no pescoço, etc. Essa musculatura, diferentemente do músculo liso, apresenta uma contração rápida, forte e voluntária, isto é, depende da vontade do organismo.

Tecido muscular estriado cardíaco

As fibras musculares do tipo estriadas cardíacas são encontradas exclusivamente no músculo do coração, o miocárdio. São microscópicas, de aspecto cilíndrico e possuem geralmente um único núcleo central. Suas fibras são estriadas como a musculatura esquelética e apresentam-se ramificadas, como se existisse interconexões entre as células, os chamados discos intercalares.

Essa musculatura não sofre divisão por mitose e apresenta um tipo de contração parecida com a da musculatura estriada esquelética: rápida e forte, só que nesse caso involuntária.


O quê é tecido muscular?

O tecido muscular, originado do mesoderme, constitui os músculos, está relacionado ao mecanismo de locomoção e ao processo de movimentação de substâncias internas do corpo, decorrente à capacidade contrátil das fibras musculares em resposta a estímulos nervosos, utilizando energia fornecida pela degradação da molécula de ATP.

As células desse tecido são caracterizadas pelo seu formato alongado, uma especialização é a função de contração e distensão das fibras musculares, formada por numerosos filamentos proteicos de actina  e miosina.

O grau de contração muscular segue, a princípio, dois fatores: o primeiro relacionado à intensidade do estímulo e o segundo à quantidade de fibras estimuladas.

Tipos de tecidos musculares:

Há três tipos de tecidos musculares, cada um com suas particularidades.

- Musculatura lisa: Formada por células mononucleadas com estrias longitudinais. É presente nos órgãos vicerais internos.

- Musculatura estriada esquelética: Formada por células multinucleadas com estrias longitudinais e transversais. Forma os músculos, órgãos ligados à estrutura óssea, permitindo a movimentação do corpo.

- Musculatura estriada cardíaca: Constitui as células binucleadas do miocárdio, unidas por discos intercalares que aumentam a adesão entre as células.


Fonte de pesquisa: http://www.brasilescola.com/biologia/tecido-muscular.htm (Acesso em 23 de outubro de 2013)

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Fertilização in vitro


Problemas ovulatórios e falência ovariana prematura


A disfunção ovulatória é a principal causa de infertilidade nas mulheres. Normalmente, ocorre por uma falha na produção hormonal, problemas no ciclo menstrual, ou nos próprios ovários. Ultimamente, os especialistas têm notado uma frequência cada vez maior de outro problema: a falência precoce da função dos ovários (em idade onde não é comum ocorrer a menopausa). Não se conhece a causa do distúrbio, mas acredita-se que esteja relacionado à grande quantidade de substâncias tóxicas que consumimos e com as quais entramos em contato diariamente (inclusive nicotina e álcool), ao stress e a algumas formas de doenças autoimunes (quando o organismo produz substâncias agressoras contra ele próprio). As mulheres com essa alteração ovariana menstruam normalmente e só vão descobrir que seus ovários estão falhando, quando fazem determinadas dosagens hormonais ou quando passam pelo processo de estímulo da ovulação, com uso de medicamentos durante um tratamento para engravidar, e se deparam com uma resposta ovariana abaixo do esperado ou até mesmo inexistente.

Síndrome dos ovários policísticos (SOP)

Causada por um desequilíbrio na produção de hormônios, a SOP pode provocar alterações no ciclo menstrual (desde longos intervalos entre uma menstruação e outra até a ausência de menstruação) levando a uma disfunção na ovulação e, consequentemente, à dificuldade em se obter a gestação. Além disso, pode causar o aparecimento de pelos em locais inconvenientes, aumento da oleosidade da pele, com surgimento de acne, e acúmulo de gordura abdominal.

Endometriose

Doença complexa cuja causa não se sabe ao certo até os dias de hoje. Ela se desenvolve no aparelho reprodutor feminino e atinge cerca de 15% das mulheres em idade fértil. Ocorre quando o endométrio, que é a camada interna do útero eliminada durante a menstruação, atinge outros órgãos do corpo. Ovários, trompas de Falópio e até mesmo intestino, bexiga, vagina e outros órgãos mais distantes podem ser comprometidos. Provoca dor pélvica crônica e fortes cólicas menstruais, além de dor durante o ato sexual. Causa aderência e inflamações na região pélvica, interferindo negativamente em todos os processos que envolvem a fertilização de forma espontânea.

Obstrução tubária

As trompas são o caminho por onde passam os óvulos em direção ao útero. É lá que ocorre o encontro de óvulos e espermatozóides após a relação sexual. É onde também os embriões iniciam sua formação. Portanto, se alguma coisa entope esse pequeno tubo, fica impossibilitada a fertilização. Os laboratórios de fertilização in vitro têm, na verdade, a missão de substituir o papel das trompas. Na maioria dos casos, a obstrução é causada por inflamações no aparelho genital feminino, sendo a clamídia um dos microrganismos mais frequentemente envolvidos nesse processo.

Miomas

Os miomas podem afetar a função do útero, que recebe o embrião proveniente das trompas. Contudo, raramente são a causa de infertilidade, somente quando crescem para dentro do útero ou quando estão posicionados em locais que comprimem a passagem dos embriões. Na maioria das vezes, são tratados cirurgicamente, hoje já com opções minimamente ou nada invasivas.

Idade avançada

Com a mudança de comportamento social feminino, entrada no mercado de trabalho e acúmulo de funções, é comum o adiamento da decisão pela gravidez. Porém, o ovário entra em franco processo de envelhecimento a partir dos 35 anos, diminuindo, não só a quantidade de óvulos da sua reserva, como sua qualidade. Orientações e aconselhamentos devem ser feitos, para que os casais adquiram a consciência de que o pico da fertilidade feminina ocorre entre 20 e 30 anos.

Alterações da tireoide

Existem vários distúrbios da tireoide mas os mais comuns são o hipotireoidismo (baixa ou nenhuma produção de hormônios) e o hipertireoidismo (produção exagerada de hormônios). O desequilíbrio hormonal causado pelas alterações pode se refletir no funcionamento dos ovários.

Aumento da prolactina

A alteração deste hormônio, responsável pelo estímulo das glândulas mamárias para a produção de leite, pode levar a alterações no ciclo menstrual e prejudicar o funcionamento dos ovários, interferindo na produção de óvulos.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Aula de Embriologia - Tipos de Segmentações



O que é embriologia?

Embriologia é uma ciência que trata do desenvolvimento de um embrião a partir da fecundação do óvulo para o palco feto. Após a clivagem, a células em divisão, ou mórula, torna-se uma bola oca, ou blástula, que desenvolve um buraco ou poros em uma extremidade.

Em animais bilaterais, a blástula desenvolve-se em uma das duas maneiras que divide todo o reino animal em duas metades. Se no primeiro blástula do poro (blastóporo) torna-se a boca do animal, é uma protostômios, se os poros torna-se primeiro o ânus, então é uma deuterostome. O protostomes incluem a maioria dos animais invertebrados, como insetos, vermes e moluscos, enquanto o deuterostomes incluem os vertebrados. No devido tempo, as mudanças blástula em uma estrutura mais diferenciada chamado de gástrula.

A gástrula com seu blastóporo logo desenvolve três camadas distintas de células (as camadas germinativas) a partir do qual todos os órgãos e tecidos corporais, em seguida, desenvolver:
  • A camada mais interna ou endoderma, dá origem aos órgãos digestivos, pulmões e bexiga. 
  • A camada média, ou mesoderma, origina os músculos, esqueleto e sistema sanguíneo. 
  • A camada exterior de células, ou ectoderme, dá origem ao sistema nervoso e pele.
Em humanos, o embrião termo refere-se a bola de células que se dividem a partir do momento em que o zigoto se implanta na parede do útero até o final da oitava semana após a concepção.

Além da oitava semana, o ser humano em desenvolvimento é então chamado de feto. Embriões em muitas espécies, muitas vezes parecem semelhantes entre si no início de estágios de desenvolvimento. A razão para essa semelhança é porque as espécies têm uma história compartilhada evolutiva. Estas semelhanças entre as espécies são chamadas de estruturas homólogas, que são estruturas que têm a mesma função ou similar e mecanismo de ter evoluído de um ancestral comum.

Muitos princípios da embriologia aplicam-se tanto animais invertebrados, bem como para os vertebrados. Portanto, o estudo de invertebrados embriologia tem avançado no estudo de vertebrados embriologia. No entanto, há muitas diferenças também. Por exemplo, inúmeras espécies de invertebrados liberar uma larva antes que o desenvolvimento está completo e, no final do período larval, o animal pela primeira vez vem para se assemelhar a um adulto semelhante ao seu pai ou pais.

Apesar de invertebrados embriologia é similar em algumas maneiras diferentes de animais invertebrados, também existem inúmeras variações. Por exemplo, enquanto as aranhas proceder diretamente de ovo a forma adulta muitos insetos desenvolver por pelo menos um estágio larval.

Atualmente, embriologia tornou-se uma área de investigação importante para estudar o controle genético do processo de desenvolvimento (morfogenes, por exemplo), sua ligação com a sinalização celular, sua importância para o estudo de certas doenças e as mutações e links para pesquisas com células-tronco.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Metabolismo de Acidos graxos: De Charlie Chaplin



Metabolismo dos Ácidos Graxos

Uma das anormalidades metabólicas associadas à resistência à insulina em seres humanos e animais é a hiperlipidemia pronunciada com elevação dos ácidos graxos livres (AGL). A resistência à insulina nos músculos cardíaco e esquelético, induzida por aumento de AGL no plasma, ocorre por inibição do metabolismo de glicose via ciclo ácido graxo/glicose.

Randle propôs o ciclo glicose-AGL em estudos com coração e diafragma de rato. A princípio, observou-se que o aumento de AGL no plasma diminuía a oxidação de carboidratos e a captação de glicose por estes tecidos. Os pontos chave para suporte desta hipótese podem ser encadeados da seguinte maneira: o aumento plasmático de AGL induz beta oxidação com aumento da produção de acetil-CoA, levando à inibição da piruvato desidrogenase e oxidação do piruvato. Ao mesmo tempo, o aumento de citrato e ATP inibem a fosfofrutoquinase e a glicólise, resultando em acúmulo da G-6-P. Esta por sua vez, leva à inibição da atividade da hexoquinase, com redução na captação e fosforilação da glicose.

Em células B pancreáticas, os AGL do citoplasma são convertidos à acil-CoA pela acil-CoA sintetase. Em condições basais, a molécula de acil-CoA de cadeia longa é transportada para a mitocôndria via carnitina-palmitoil-transferase-1, onde é beta oxidada. Na presença de concentrações elevadas de glicose, este processo é inibido e ocorre aumento na concentração de LC-CoA no citoplasma. Esse efeito se deve ao aumento da concentração de malonil-CoA formado como resultado do aumento do metabolismo da glicose. Malonil-CoA inibe a CPT-1, permitindo o referido acúmulo de LC-CoA no citoplasma. Esses ácidos graxos aumentam diretamente a exocitose de insulina por estimular o retículo endoplasmático a liberar cálcio, promovendo aumento do cálcio citoplasmático.

Acilação de proteínas parece ser essencial no processo de sinalização via GTP-proteínas carregadoras (proteínas G), possivelmente direcionando essas proteínas aos locais apropriados da membrana. As proteínas G são constituídas de 3 sub-unidades, aestimulatória (Gs) ou inibitória (Gi), b e g, e regulam a ação do AMPc por sua associação ao complexo hormônio-receptor na membrana celular e subseqüente ativação de moléculas efetoras como adenilato ciclase e PLC.

O mecanismo pelo qual os LC-CoA estimulam a liberação da insulina parece ocorrer também por efeito direto na exocitose, independente dos moduladores conhecidos desse processo. Os LC-CoA podem aumentar a fusão dos grânulos secretórios com a membrana da célula B com subseqüente descarga da insulina.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Metabolismo da Glicose.



Metabolismo Energético: Oxidações Biológicas

A ATP é gerado pela oxidação de carboidratos, ácidos graxos livres (FFAs) e aminoácidos (AAs). O carboidrato primário (substrato) utilizado pelas células é a glicose, um monossacarídeo de seis carbonos (hexose). Quatro fases principais estão envolvidas na oxidação da glicose: transporte e retenção da glicose no ambiente intracelular; glicólise; ciclo do ácido tricarboxílico (Ciclo de Krebs); fosforilação oxidativa.

Na primeira fase, a glicose é transportada através da membrana por facilitadores do transporte de glicose bidirecional uma vez que é uma molécula hidrofílica. As duas famílias de transportadores de glicose são os co-transportadores de sódio-glicose (SGLTs) e os transportadores GLUT de difusão facilitada. Os SGLTs estão localizados na membrana apical dos epitélios intestinal e tubular proximal renal e são responsáveis pelo transporte transepitelial de glicose.

A glicólise envolve reações catabólicas citoplasmáticas que fornecem 2 ATPs/mol enquanto consome o co-fator NAD+ por meio da redução em NADH. Na primeira fase da glicólise ocorre a fosforilação da glicose seguida da formação de 2 moléculas de gliceraldeído-3-fosfato. Na segunda fase o gliceraldeído-3-fosfato é convertido em piruvato, o produto primário da glicólise.


Na presença de oxigênio, o piruvato é transportado para a matriz mitocondrial onde é convertido em Acetil coenzima A (Acetil CoA) pelo complexo piruvato desidrogenase e então metabolizado no ciclo do ácido tricarboxílico (Ciclo de Krebs ou ácido Cítrico) a partir da citrato sintase. A função do Ciclo de Krebs é oxidar o Acetil-CoA em CO2 e H2O, fornecer elétrons para a fosforilação oxidativa (cadeia respiratória) e intermediários de precursores importantes. 

Nessa etapa ocorre a formação total de 12 ATPs. A fosforilação oxidativa é o estágio no qual as moléculas intermediárias de energia como NADH e FADH2 participam da síntese de várias moléculas de ATP, por meio dos componentes da cadeia de transporte de elétrons que correspondem a complexos protéicos (centro redox: NADH-Q redutase, citocromo redutase, ubiquinina, coenzima Q , citocromo C, citocromo oxidase, ATP sintetase) localizados no espaço intermembrana da crista mitocondrial. Em resumo, o processo total de oxidação da glicose gera em torno de 36 a 38 ATPs.

É importante ressaltar que aporte elevado de ácidos graxos livres (FFAs) ao fígado pode levar à formação do Acetoacetil-CoA, por meio de uma tiolase citoplasmática, e à ativação de sistemas enzimáticos que induzem a formação corpos cetônicos (acetoacetato, ?-hidroxibutirato, acetona) que poderão ser utilizados com fonte de energia por outras células ou eliminados pela respiração e excreção urinária.



Metabolismo da Glicose


Como a insulina é o principal hormônio que regula a quantidade de glicose absorvida pela maioria das células a partir do sangue (principalmente células musculares e de gordura, mas não células do sistema nervoso central), a sua deficiência ou a insensibilidade de seus receptores desempenham um papel importante em todas as formas da diabetes mellitus.

Muito do carboidrato dos alimentos é convertido em poucas horas no monossacarídeo glicose, o principal carboidrato encontrado no sangue. Alguns carboidratos não são convertidos, tais como a frutose, que é utilizada como um combustível celular e não participa no mecanismo regulatório metabólico da insulina / glicose; adicionalmente, o carboidrato celulose não é convertido em glicose, já que muitos humanos e muitos animais não têm vias digestivas capazes de digerir a celulose.

A insulina é liberada no sangue pelas células beta, que são células do pâncreas que são produzidas em resposta aos níveis crescentes de glicose no sangue (por exemplo, após uma refeição). A insulina habilita a maioria das células do corpo a absorverem a glicose do sangue e a utilizarem como combustível, para a conversão em outras moléculas necessárias, ou para armazenamento.

A insulina é também o sinal de controle principal para a conversão da glicose (o açúcar básico usado como combustível) em glicogênio para armazenamento interno nas células do fígado e musculares. Níveis reduzidos de glicose resultam em níveis reduzidos de secreção de insulina a partir das células beta e na conversão reversa de glicogênio a glicose quando os níveis de glicose caem.

Níveis aumentados de insulina aumentam muitos processos anabólicos (de crescimento) como o crescimento e duplicação celular, síntese proteica e armazenamento de gordura.

Se a quantidade de insulina disponível é insuficiente, se as células respondem mal aos efeitos da insulina (insensibilidade ou resistência à insulina), ou se a própria insulina está defeituosa, a glicose não será administrada corretamente pelas células do corpo ou armazenada corretamente no fígado e músculos. O efeito dominó são níveis altos persistentes de glicose no sangue, síntese proteica pobre e outros distúrbios metabólicos, como a acidose.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

O que são lipídios 

Os lipídios, também chamados de gorduras, são biomoléculas orgânicas compostas, principalmente, por moléculas de hidrogênio, oxigênio, carbono. Fazem parte ainda da composição dos lipídios outros elementos como, por exemplo, o fósforo.

Os lipídios possuem a característica de serem insolúveis na água. Porém, são solúveis nos solventes orgânicos (álcool, éter, benzina, etc).


Funções dos lipídios

Os lipídios possuem quatro funções básicas nos organismos:

- Fornecimento de energia para as células. Porém, estas preferem utilizar primeiramente a energia fornecida pelos glicídios.
- Alguns tipos de lipídios participam da composição das membranas celulares.
- Nos animais endodérmicos, atuam como isolantes térmicos.
- Facilitação de determinadas reações químicas que ocorrem no organismo dos seres vivos. Possuem esta função os seguintes lipídios: hormônios sexuais, vitaminas lipossolúveis (vitaminas A, K, D e E) e as prostaglandinas.

Principais fontes de lipídios (alimentos):
- Margarinas
- Milho
- Aveia
- Soja
- Gergilim
- Cevada
- Trigo integral
- Centeio
- Óleo de canola
- Óleo de soja
- Óleo de peixes

Bioquímica - Lipídios LDL e HDL Vídeo Aula

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Aminoácidos, Proteínas e Enzimas.

Enzimas

As enzimas são polipeptídios grandes, enrolados sobre si mesmos, formando um aglomerado, ou glóbulo com um encaixe, onde as moléculas específicas se encaixam formando um complexo de “chave e fechadura”, onde ocorrem as atividades catalíticas.

A eficiência catalítica das enzimas é extraordinária, dificilmente alcançada pelos catalisadores sintéticos. Em condições ideais de temperatura e pH, unidas a um substrato altamente específico, elas aceleram as reações biológicas.
As enzimas atuam de forma muito organizada, catalisando as inúmeras reações metabólicas que ocorrem no organismo, onde várias substâncias são degradadas e a energia é conservada e transformada, e várias moléculas são sintetizadas a parir de precursores simples.
“Toda enzima é uma proteína, mas nem toda proteína é uma enzima”.
Essa frase é frequentemente dita em aulas sobre enzimas e proteínas.
Com exceção de um grupo de moléculas de RNA com atividade enzimática, toda enzima é uma proteína.
As proteínas, além de enzimas, podem desempenhar várias outras funções na célula.
As enzimas podem ser proteínas simples, ou seja, formadas apenas por cadeias polipeptídicas. Quando a enzima é ligada a um grupo não protéico, chamado co-fator, a parte protéica é chamada de apoenzima. Normalmente esse co-fator é um íon metálico. Quando o co-fator é uma molécula orgânica, ele é chamado de coenzima. A holoenzima é a união de um co-fator e uma apoenzima. Tanto a apoenzima como o co-fator são inativos quando estão separados, tornando-se ativos na holoenzima.
Uma coenzima que está covalentemente ligada à parte protéica da enzima é chamada de grupo prostético.
Muitas vitaminas que nosso organismo precisa e nutrientes orgânicos necessários em pequenas quantidades na dieta são precursores de coenzimas.
  Fonte: http://www.infoescola.com/bioquimica/enzimas/